segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como Devemos Reagir em Relação à Caitlyn Jenner?



Jon Bloom




O ex-atleta olímpico e atualmente celebridade Bruce Jenner revelou em uma entrevista recente como lutou a vida inteira com dúvidas sobre seu sexo. Essa semana ele anunciou que está mudando a sua identidade pública de masculina para feminina, o seu nome de nascimento de Bruce para Caitlyn, e celebrando a sua mudança de sexo sendo destaque de uma sessão de fotos e artigo de capa para a edição de Julho da Vanity Fair.



De repente,  Jenner tornou-se o transexual mais famoso do mundo e trouxe a polêmica de transexualidade para as manchetes e para os círculos culturais.



Nós cristãos, como devemos reagir à mudança de Jenner?



Com Compaixão



Em 1976, Bruce Jenner ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas em uma modalidade de corrida. Instantaneamente ele se tornou uma estrela global. Mas logo depois, ao fazer aparições públicas, ninguém sabia que algumas vezes, embaixo do terno, esse epítome de masculinidade e virilidade, lindo, musculoso, carismático e bem-sucedido, estava usando sutiã e meia calça.



Jenner tinha 9 anos de idade quando secretamente experimentou o vestido de sua irmã porque sentiu que queria ser uma menina. Ele não entedia os seus estranhos desejos e nunca tinha ouvido falar de alguém que se sentisse da mesma maneira. Ele não tinha ninguém para conversar. Ele era um menino carregando essa vergonha secreta que o fez sentir-se isolado de todos. Ele sempre se sentiu como uma farsa; como se ele estivesse fingindo constantemente ser um menino, apesar de ele ser um menino.



Como um atleta talentoso, Jenner destacou-se em todos os esportes que praticou durante sua adolescência, eventualmente tornando-se um dos melhores do mundo em atletismo quando estava com uns vinte anos de idade. Mas ninguém sabia que essa competitividade ardente era alimentada por um esforço desesperado para provar que ele era realmente um homem. Sempre presente em sua consciência, algumas vezes gritando, algumas vezes sussurrando dentre as sombras, havia uma voz interior lhe dizendo que ele era feminino.



Além dessas dúvidas, Jenner tinha questões de gênero e de orientação sexual que eram divergentes: ele tinha uma atração heterossexual por mulheres. O conflito interior de seus desejos desordenados, apesar de não ser o único motivo, contribuiu significantemente para o término de três casamentos.



Nada disso significa que a decisão de Jenner identificar-se como mulher está certa. Há razões importantes do por que isso não está certo (veja os links listados no texto original). Compaixão não significa comprometer a verdade bíblica. Mas para nós, identidade sexual deve ser mais do que um problema social abstrato. Almas reais têm suportado sofrimento real sobre esse assunto. Nós devemos procurar entender as suas histórias de sofrimento antes de falarmos de seus desafios. Quanto mais soubermos, mais compassiva será a nossa reação baseada na verdade.



Os cristãos estão preparados para reagir com compaixão verdadeira diante desses desafios.  Todos nós entendemos, por experiência própria, a devastadora confusão que ocorre dentro de nosso ser por causa do pecado que habita em nós devido ao pecado original:



“Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (Romanos 7:15, 21-24 NVI)



Com Oração



Bruce Jenner, bem como cada pessoa que lida com desordens de gênero ou orientação sexual, foi criado à imagem de Deus e tem uma alma preciosa. O primeiro impulso compassivo que devemos ter é orar por eles. Jenner professa ser um cristão. Qualquer que seja o significado dessa profissão de fé, pode ser que, no mínimo, ele esteja potencialmente receptivo à verdade bíblica. Oremos para que a verdade do evangelho o liberte (João 8:32), pois sabemos o quanto Jesus ama redimir e restaurar as pessoas que foram atingidas pelo pecado.



Com Grande Entendimento



Crescer em nosso entendimento a respeito da natureza das desordens transexuais e de orientação sexual é necessário para que não tenhamos suposições ignorantes, e para não dizermos coisas insensíveis e erradas às pessoas. E seria sábio se vislumbrássemos a possibilidade de descobrirmos um dia que o nosso filho, neto, primo, sobrinho, sobrinha, amigo, companheiro de trabalho ou possivelmente um de nossos pais esteja passando por essa luta. Se isso acontecer, nós queremos ser o tipo de pessoa com a qual eles possam conversar com segurança.



Além disso, as questões sexuais irão somente crescer em proeminência em nossa sociedade. As nações do oeste têm legitimado muitas delas e as estão adicionando em suas leis. As barreiras culturais do passado se foram. Cada vez mais seremos chamados a explicar e defender a posição bíblica. Nós precisamos saber o que a Bíblia verdadeiramente diz sobre a transexualidade e a orientação sexual, e o porquê da Igreja, através da história, ter mantido a sua posição. Um maior entendimento nos fará mais compassivos e mais articulados (o texto original fornece uma lista de recursos preparada pelo autor para informar o leitor sobre o assunto).



Com Amor Verdadeiro



Se somos pessoas compassivas, que oram e que entendem razoavelmente as questões ligadas aos transexuais e de orientação sexual, bem como o que a Bíblia diz sobre o assunto,  nós estamos em uma boa posição para falarmos a verdade em amor (Efésios 4:15). Falar a verdade é em si uma forma de amor, mesmo que inicialmente a pessoa não a receba como tal. Mas 'em amor' também significa falar com grande respeito, empatia e humildade adequada. E significa uma vontade de amar aqueles que enfrentam essa luta através de suas ações (como a hospitalidade), e não somente de palavras (1 João 3:18).



Em relação à mudança de Jenner, isso provavelmente significa ser cauteloso para falar, especialmente na mídia social. E se você falar algo verdadeiro, procure ter um tom excepcionalmente respeitoso e gracioso.  Jenner provavelmente não lerá os seus comentários, mas talvez alguém que você conheça e que esteja guardando um segredo frágil e vergonhoso lerá. Fale como se estivesse falando com um  amigo.



Ore pelo Jenner, para que Deus possa enviar uma ou duas pessoas para falarem com ele, com o amor de Cristo,  a verdade do evangelho, e que ele possa ter ouvidos para ouvir. A esperança do Jenner é que "assim que a capa da 'Vanity Fair' sair, eu estou livre". Mas nós sabemos que ele não será livre. Após algum período de alívio eufórico, ele descobrirá que ainda é um "miserável homem" que precisa ser liberto desse corpo sujeito a morte (Romanos 7:24).



Esse é precisamente o motivo da vinda de Jesus: para livrar pessoas como o Bruce Jenner e a nós do domínio da escuridão do pecado (Colossenses 1:13) e dos nossos corpos desordenados e falíveis, e nos dar gloriosos corpos ressurretos, poderosos e livres de desordem (1 Coríntios 15:42-44). "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor", pois existe uma esperança maior do que a identidade sexual pode dar (Romanos 7:25).



É a verdade de Jesus que liberta todos nós (João 8:32).



©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).
http://www.desiringgod.org/articles/how-should-we-respond-to-caitlyn-jenner (texto original em inglês)



Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley.




quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Que Significa Orar Por Seus Inimigos




John Piper 


“Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem.” (Mateus 5:44 NVI)


Orar por seus inimigos é uma das formas de amor mais profundo, pois significa que você realmente deseja que algo bom aconteça com eles.


Você pode fazer coisas boas para beneficiar seu inimigo e ao mesmo tempo não ter nenhum desejo genuíno de que as coisas corram bem para ele. Mas a oração por seus inimigos é feita na presença de Deus que conhece seu coração, e a oração é a intercessão à Deus em favor de seus inimigos.


Pode ser em favor da conversão deles. Pode ser pelo arrependimento deles. Pode ser para que eles reconheçam a inimizade que permeia em seus corações. Pode ser para que eles parem de andar no caminho destrutivo do pecado, mesmo que seja através de doença e calamidade. Mas a oração que Jesus tem em mente neste versículo é sempre para o bem de seus inimigos.


Foi isso que Jesus fez quando estava pendurado na cruz:


“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. (Lucas 23:34 NVI)


E foi isso que Estevão fez quando estava sendo apedrejado:


Ele caiu de joelhos e bradou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado”. (Atos 7:60 NVI)


Jesus nos chama não somente para fazer o bem aos nossos inimigos, como cumprimentá-los e ajudá-los em suas necessidades; Jesus nos chama a desejar o melhor para nossos inimigos, e para expressar este desejo através de nossas orações quando eles não estiverem por perto.


Nossos corações devem desejar a salvação e a presença deles no céu, bem como a alegria eterna de nossos inimigos. Então, nós oramos como o apóstolo Paulo orou pelo povo judeu, muitos dos quais dificultaram bastante a vida de Paulo:


“O desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos israelitas é que eles sejam salvos”. (Romanos 10:1)

By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).

Traduzido com permissão por Rachel Machado Soares Beere.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Ofensa de Temer o Homem



John Piper 

"Eu pequei!” — respondeu Saul. “Desobedeci às ordens de Deus, o Senhor, e às instruções que você deu. Fiquei com medo do povo e fiz o que eles queriam.” (1 Samuel 15:24 NTLH)
  
Por que Saul obedeceu ao povo ao invés de obedecer a Deus? Porque ele temia o povo ao invés de temer a Deus. Ele temia as consequências humanas da obediência mais do que ele temia as consequências divinas do pecado. Ele temia desagradar o povo mais do que desagradar a Deus. E isso é um grande insulto a Deus.

Isaías diz que é um tipo de orgulho temer o que o homem pode fazer e ao mesmo tempo ignorar as promessas de Deus. Através de Isaías, Deus faz uma pergunta penetrante: “Eu, eu mesmo, lhes dou forças.
Então, por que vocês têm medo de pessoas, de seres mortais que não duram mais do que a palha? Por que esquecem o Senhor, o seu Criador?”
(Isaías 51:12-13 NTLH)

Temer o homem pode não parecer orgulho, mas é isso que Deus diz que é: "Quem é você para que tema homens mortais e para que se esqueça de mim, o Senhor que te criou?"

Eis a questão: quando você teme o homem, você está negando a santidade e o valor de Deus e de Seu Filho Jesus. Deus é infinitamente mais forte.  Ele é infinitamente mais sábio e infinitamente mais cheio de recompensa e de alegria. 

Abandonar a Deus por medo do que o homem pode fazer é o mesmo que desprezar tudo o  que Deus promete ser para aqueles que O temem. É um grande insulto. Deus não tem prazer algum nesse tipo de insulto.

Por outro lado, quando ouvimos as promessas de Deus e confiamos nEle com coragem, temendo a reprovação de Deus quando não acreditamos nEle, então Ele é grandemente honrado. E nisso Ele tem prazer.

By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).

Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uns aos Outros na Bíblia



Revive Our Hearts


Não espere que os outros façam estas coisas – nem critique sua igreja porque as pessoas não praticam essas coisas. Você pratique essas coisas.

© Revive Our Hearts. 
www.reviveourhearts.com (website em inglês).
https://avivanuestroscorazones.com/resource-library/topics/portugues/ (website em espanhol com alguns recursos em português).
https://reviveourhearts.com/articles/the-one-anothers-in-scripture/(texto original em inglês).

Traduzido com permissão por Rachel Machado Soares Beere