sexta-feira, 31 de julho de 2015

Por Isso Não Desanimamos


John Piper
 

"Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia."             (2 Coríntios 4:16 NVI)



Paulo não conseguia mais enxergar como antes (e não existiam óculos). Ele não conseguia mais escutar como antes (e não existiam aparelhos de audição). Ele não se recupera mais das pancadas como antes (e não existiam antibióticos). A sua força para andar de cidade a cidade não é tão firme como antes.  Ele vê as rugas no seu rosto e no seu pescoço. A memória dele já não é tão boa. E ele admite que isso é uma ameaça para a sua fé, sua alegria e sua coragem.



Mas ele não desanima. Por quê?



Ele não desanima porque o seu homem interior está sendo renovado. Como?



A renovação do seu coração vem de algo bem estranho: vem de fixar o olhar naquilo que ele não pode ver.



"Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno." (2 Coríntios 4:18 NVI)



Esta é a maneira de Paulo não desanimar: olhando para o que não se pode ver. O que ele via?



Alguns versículos mais tarde, em 2 Coríntios 5:7, ele diz: "Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos" (NVI). Isto não significa que ele dá um passo em direção à escuridão sem evidências do que está pela frente. Significa que, por agora, as realidades mais preciosas e importantes no mundo estão além da capacidade de nossos sentidos físicos.



Nós "olhamos" para as coisas invisíveis através do evangelho. Nós fortalecemos os nossos corações e renovamos a nossa coragem ao fixar nosso olhar no invisível, na verdade objetiva que vemos no testemunho daqueles que viram Cristo face a face.

By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 

www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).


Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Melhor Promessa de Deus



John Piper



"Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?" (Romanos 8:32 NVI)



A promessa mais ampla da graça futura de Deus é encontrada em Romanos 8:32. Este é o versículo da Bíblia mais precioso para mim. Em parte é porque esta promessa é tão abrangente que pode ajudar-me, virtualmente, em cada etapa de minha vida e ministério. Nunca houve, e nunca haverá uma circunstância em minha vida em que esta promessa seja irrelevante.



Por si mesma, esta abrangente promessa talvez não fizesse deste versículo o mais precioso. Há outras promessas arrebatadoras como a do Salmo 84:11: "[Deus] não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade." E a promessa de 1 Coríntios 3:21-23: "Porque todas as coisas são de vocês, seja Paulo, seja Apolo, seja Pedro, seja o mundo, a vida, a morte, o presente ou o futuro; tudo é de vocês, e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus." É difícil compreender a abrangência espetacular e o alcance destas promessas.



Mas o que coloca Romanos 8:32 em uma categoria particular é a lógica que culmina com a promessa e a faz tão sólida e inabalável quanto o amor de Deus por Seu infinitamente admirável Filho.



Romanos 8:32 contém uma base e garantia que é tão forte, tão sólida e tão segura que não há absolutamente nenhuma possibilidade de que essa promessa jamais seja quebrada.  Isto é o que a faz ser uma força sempre presente em tempos de grande tribulação. Tudo mais pode frustrar, tudo mais pode desapontar, tudo mais pode falhar, mas esta abrangente promessa da graça futura nunca falhará.



"Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós ..." Se isso é verdade, diz a lógica do Céu, então Deus certamente dará todas as coisas àqueles pelos quais Ele deu o Seu Filho!

By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 

www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).
Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Seis Maneiras Usadas Por Jesus Para Lutar Contra a Depressão




John Piper


"Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se." (Mateus 26:37 NVI)



Jesus usou várias táticas na batalha estratégica contra a desânimo:



1. Ele escolheu alguns amigos mais chegados para ficar com Ele. "Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu" (Mateus 26:37 NVI).



2. Ele abriu Sua alma para estes amigos. Ele lhes disse: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal” (vs. 38).



3. Ele pediu o companheirismo destes amigos e que intercedessem por Ele durante a batalha. “Fiquem aqui e vigiem comigo”. (vs.38)



4. Ele abriu Seu coração ao Seu Pai em oração. "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice" (vs. 39).



5. Ele descansou Sua alma na sabedoria e soberania de Deus. "Contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (vs. 39).



6. Ele manteve Seus olhos fixos na graça futura que Lhe aguardava  após passar pela cruz. "Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus." (Hebreus 12:2 NIV)

  

Quando alguma coisa acontece em sua vida que parece ameaçar seu futuro, lembre-se disso: As primeiras ondas de choque não são pecado. O perigo verdadeiro é ceder a elas. Desistir. Não combater a luta espiritual. E o motivo de entregar os pontos é a descrença, quando não perseveramos, pela fé, em lutar pela graça futura. Deixamos de apreciar tudo o que Deus promete ser por nós através de Jesus.



Jesus nos mostra um outro caminho. Não é sem dor, e não é passivo. Siga-O. Ache os seus amigos espirituais de confiança. Abra a sua alma para eles. Peça a eles que vigiem com você e que orem. Abra a sua alma ao Pai. Descanse na soberania e sabedoria de Deus. E mantenha os seus olhos fixos nas preciosas e magnificentes promessas de Deus.

By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).

Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley.



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Converse Com Suas Lágrimas


John Piper


“Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes”.
Salmo 126:5-6 NVI



O trabalho da semeadura não é triste em si. É trabalhoso lançar a semente, tanto quanto a colher a safra. Os dias podem ser bonitos. Pode haver grande esperança de colheita.

Mesmo assim o Salmo fala a respeito de semear com lágrimas. Ele menciona alguém que sai chorando para lançar a semente. Então, porque o choro?

Acredito não ser porque a semeadura é um trabalho triste ou um trabalho difícil. Acredito que o motivo do choro não é por causa do ato de lançar a semente. Lançar a semente é um trabalho que precisa ser feito mesmo quando há circunstâncias na vida que nos fazem chorar.

A safra não vai esperar que a nossa dor passe ou que os nossos problemas sejam resolvidos. Se quisermos comer no próximo inverno, precisamos ir para os campos e lançar as sementes, mesmo se estivermos tristes. Se você fizer isto, a promessa do Salmo é que você se alegrará com a colheita. Você “voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes”. Não é porque as lágrimas da semeadura produzem a alegria da colheita, mas porque o simples fato de semear produzirá uma colheita, e você precisa lembrar-se disso mesmo quando suas lágrimas o tentam a desistir de lançar a semear.

Eis a lição: quando há um trabalho simples e claro a ser feito, e você está cheio de tristeza, com as lágrimas fluindo em abundância, persevere e faça seu trabalho mesmo em meio às lágrimas. Seja realista. Diga para as suas lágrimas: “Estou sentindo vocês fluindo. Por causa de vocês eu quero desistir da vida. Mas há um campo para ser semeado (há pratos para lavar, um carro para consertar, um sermão para preparar).”

Então diga, confiando na palavra de Deus, "Lágrimas, eu sei que vocês não irão fluir para sempre. O fato de eu apenas continuar o meu trabalho (com lágrimas e tudo) irá no fim proporcionar-me uma colheita de bênçãos. Então, continuem fluindo se for necessário. Mas eu acredito (mesmo ainda sem ver ou sentir) que o simples trabalho de lançar a semente irá produzir resultados na colheita. E as lágrimas se transformarão em alegria."



By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).

Traduzido com permissão por Rachel Machado Soares Beere.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Deixe a Vingança Para Deus



John Piper

Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. (Romanos 12:19 NVI)




Por quê esta promessa é crucial para vencermos nossa tendência de sermos rancorosos e vingativos? A razão é que esta promessa é a resposta para um dos impulsos mais poderosos que resultam em ira – um impulso que não é totalmente errado.

Como ilustração, posso usar uma experiência que tive durante os meus dias de seminário. Eu participava de um pequeno grupo de casais e compartilhávamos situações bem pessoais. Uma noite estávamos discutindo a respeito de perdão e sobre ira. Uma das jovens esposas disse que jamais poderia perdoar sua mãe por algo que fez quando ela era ainda uma menina.

Nós conversamos sobre o que a Bíblia nos ordena fazer nesta situação e sobre algumas advertências bíblicas quando recusamos perdoar.



  • Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”. (Efésios 4:32)



  • “Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”. (Mateus 6:15)




Mas ela se manteve irredutível. Eu a adverti que sua alma estava em perigo se ela continuasse a manter uma atitude de amargura e ressentimento. Ela permaneceu firme na posição de que não perdoaria sua mãe.

Deus nos promete a graça de seu julgamento em Romanos 12 para nos ajudar a vencer o espírito de vingança e de amargura.

O argumento de Paulo é de que não devemos nos vingar porque a vingança pertence ao Senhor. E como motivação para que nos livremos do nosso desejo por vingança, ele nos dá uma promessa – que agora sabemos ser uma promessa da graça futura -
“Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. (NVI)

A promessa que nos liberta de um espírito de ressentimento, amargura e vingança é a promessa de que Deus vai acertar as contas. Ele acertará as contas de uma maneira mais justa e mais minuciosa do que nós poderíamos fazer. Então nós podemos recuar e deixar que Deus trabalhe.



By John Piper. ©2015 Desiring God Foundation. 
www.desiringGod.org (website em inglês com alguns recursos em português).

Traduzido com permissão por Rachel Machado Soares Beere.
https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif