Marshall Segal
Cinquenta
Tons de Cinza estreia nos cinemas nesta sexta-feira, e não é uma surpresa – mas
certamente irônico – que a data é apenas um dia antes da celebração anual do
amor nos EUA. A série de romances eróticos que explora o domínio sexual e até a
violência (tragicamente) já vendeu mais de 100 milhões de cópias e foi
traduzida para 52 idiomas. Sim, a América exportou estas cenas e esta mensagem
em 52 idiomas e sabe-se lá para quantos países.
Eu não li os
livros, não assisti o filme, e nem irei. Eu li a respeito do livro e assisti um
trailer. Ainda assim eu acredito ter informações o suficiente para advertir meus
irmãos e irmãs em Cristo (o personagem principal masculino infelizmente
chama-se Christian). Em uma sociedade que menospreza a perversidade do pecado,
e até o enaltece, nós precisamos constantemente ser advertidos sobre os perigos
do pecado. Como uma criança que acha uma agulha no chão e pensa que ela é um
brinquedo, nós também podemos ser perigosamente ingênuos a respeito do que está
acontecendo na esfera do entretenimento.
A mensagem
de que o sexo é egoísta, manipulativo, e até divertidamente violento irá te
enganar e violar. Pode parecer uma fantasia engraçada e sem consequências, mas
infelizmente está sutilmente redefinindo o poder e a beleza do sexo, criando
barreiras espirituais em seu coração que eventualmente o irão destruir e
incapacitar de desfrutar o prazer real e duradouro.
Dez Promessas Mais Verdadeiras do que Qualquer
Fantasia
Antes de
comprar os ingressos e a pipoca – e antes de você conversar com um amigo que
deseja ler os livros ou assistir o filme – eu gostaria de compartilhar com você
dez das promessas de Deus. Minha esperança e oração é que a clareza e poder da
Palavra de Deus possam convencer muitos de vocês a proteger seu coração e não desperdiçar
seu dinheiro, além de impulsioná-lo a ajudar outras pessoas a fazer o mesmo.
“Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho
Unigênito
ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto
consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou
e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 1 João 4:9-10
NVI
O amor tentador e sexy de Hollywood combina sedução, escândalo e paixão.
Ele sugere que o melhor dos amores é o amor proibido. O verdadeiro amor – puro,
abundante, mais agradável – foi criado por Deus para o nosso bem e demonstrado
por Deus através da cruz. Se o amor tem a aparência de egoísta – se ele te toma
ao invés de te dar – simplesmente ele não é amor.
“Grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses.”
Salmo 16:4 NVI
Se você for honesto, eu não precisarei fazer força para convencê-lo
disso. Qualquer pessoa que já experimentou o pecado sabe que ele é um “senhor” desonesto
e infiel. O pecado quase sempre se apresenta persuasivamente como gratificante,
seguro e durável. Mas ele não é, e nunca será. Ao invés de saciar o desejo de
nossas almas, ele o intensifica. Ele não sacia nossa fome, apenas a faz
multiplicar-se. O pecado promete produzir felicidade, mas ele apenas cria e
multiplica a dor, a tristeza e a necessidade.
“Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por
isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto... Tu
me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno
prazer à tua direita.” Salmo 16:8-11 NVI
Não há dúvida alguma de que quando nós satisfizermos os desejos da carne,
sentiremos alguma sensação de prazer. O pecado não teria nenhum poder sobre nós
se não fosse assim. Estamos nos esquecendo ou rejeitando a promessa de que o
minúsculo prazer que recebemos ao pecarmos é curto e patético se comparado com
o oceano de prazer que teremos na presença de Deus.
“Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.” Mateus
5:8 NVI
Há coisas que vemos e praticamos nessa vida que nos cegam para a
realidade de Deus. Não há nada mais espetacular e gratificante do que ver e
desfrutar Deus, mas nós, rapidamente e sem refletir cuidadosamente, trocamos
essa experiência por 125 minutos (ou menos) de excitação.
Toda vez que nos expomos a algum entretenimento impuro, estamos
sacrificando nossa consciência e conhecimento em relação à bondade mais elevada,
grandiosidade mais soberana e amor mais profundo que poderíamos vir a
experimentar. Não se deixe enganar, estamos pagando mais do que o preço do
ingresso para assistir o filme quando decidimos mergulhar na impureza.
“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da
imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o
seu próprio corpo
de maneira santa e honrosa, não dominado
pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus.”
1 Tessalonicenses 4:3-5 NVI
A atenção pode parecer amor, mas a lascívia é na realidade uma
fascinação e fixação com o próprio ego. Em algum momento, passamos a nos
acomodar com qualquer que seja o desejo sexual de nosso parceiro, sem
considerarmos como ele nos vê. Sentimo-nos honrados (amados) por algo que é,
por definição, uma afronta e uma humilhação. A atenção sexual ilícita e egoísta
pode parecer que está nos enaltecendo, quando na realidade não se importa a
mínima conosco. Seu único propósito é satisfazer um desejo de prazer que é
insaciável e equivocado. Lascívia não é amor; não vai te servir em nada; e
ainda irá te prejudicar antes de proporcionar qualquer satisfação.
“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem
deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos
que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também
vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus
desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.”
Efésios 2:1-3 NVI
Quando Paulo explica o que aconteceu quando você foi salvo do pecado,
ele diz que você estava morto – não apenas quebrado, doente ou errado, mas
morto. E neste estado de morte que você estava vivendo, você seguia a ordem
desse mundo e vivia satisfazendo as paixões da carne, o desejo natural e
pecaminoso do corpo. É isto que significa estar morto.
Quando você estava menos vivo, você era escravo da lascívia – e de todo
outro tipo de pecado. Se você quiser viver – uma vida verdadeira, duradoura,
vibrante e feliz – deixe de lado o modo de vida que você tinha quando estava
morto. Fuja do caixão que são as mentiras deste mundo. Siga em direção ao céu.
Aprenda as paixões da santidade. Satisfaça os desejos do Espírito. Viva.
“Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e
libertinagem... Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam
essas coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto
do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão
e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e os seus desejos.” Gálatas 5:19-24 NVI
8. Sexo é um belíssimo
retrato da pureza e amor de Deus, e pode ser uma arma devastadora de Satanás
para destruição.
“’Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e
os dois se tornarão uma só carne.’ Este é um mistério profundo;
refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.” Efésios 5:31-32 NVI
Ao mesmo tempo, Satanás tem roubado o sexo e o tem distorcido em algo terrível e perigoso. O sexo que Satanás oferece é uma imitação – parece uma estátua de cera do original, mas que está se derretendo. Ao invés de retratar a beleza e a glória de Deus, ele demonstra os perigos de se opor a Deus e de corromper os bons presentes que Ele nos dá. O sexo que rejeita DEUS também rejeita sua própria validade. É completamente errôneo em relação ao objetivo e prazer verdadeiros do sexo.
9. O nosso maior
desespero não é apenas que nos envolvamos com as trevas, mas que amamos as trevas.
“ Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as
trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.” João 3:19 NVI
10. A graça de Deus pode
cobrir qualquer pecado sexual – o mais egoísta, tenebroso e até violento – mas nunca
o aceita ou faz as pazes com ele.
“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da
redenção que há em Cristo Jesus... Nós, os que morremos para o pecado,
como podemos continuar vivendo nele?... Pois sabemos que o nosso velho homem
foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais
sejamos escravos do pecado; pois quem morreu,
foi justificado do pecado.” Romanos 3:23-24; 6:2, 6-7 NVI
Ele morreu para te libertar, não para que você possa se entregar a fantasias pecaminosas, mas para que você possa fugir delas. O Deus que diz: “Sou eu aquele que não se lembra mais de seus pecados” (Isaías 43:25 NVI), também diz: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (João 8:11 NVI).
Diga Não aos Tons de Cinza
O pecado é uma agulha que transmite vícios mortais e que assassina suas vítimas. Não é o brinquedo que aparenta ser. Ela penetra sorrateira e profundamente em nossas partes mais vulneráveis e duradouras. De qualquer forma que se apresente – se belo, cativante ou culturalmente aceitável – ele não é seguro. No final, o prazer cheio de culpa não é prazer de maneira alguma. Apenas Deus pode satisfazer o que nossos olhos e corações verdadeiramente desejam.
Marshall Segal é assistente executivo de John Piper, graduado pelo Bethlehem College & Seminary em Minneapolis, e regularmente escreve sobre assuntos para solteiros e namoro
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Traduzido com permissão por Rachel Machado Soares Beere