Dannah
Gresh
Eu
continuo sem ler Cinquenta Tons de Cinza.
Eu
não havia planejado anunciar isto antes em 2012, mas merece ser repetido por
causa da estreia do filme. Eu havia dito ao meu marido que realmente não queria
me envolver. Mas aí descobri que a mãe de uma de minhas melhores amigas, de 70
anos de idade, estava em uma longa lista de espera na biblioteca para pegar
emprestado Cinquenta Tons de Cinza. Minha mãe também me disse que uma
parenta, a quem amo e respeito por sua grande fé, tinha lido o livro. Ela,
arrependida, não conseguia “apagar as imagens de sua mente". Então, aqui
estou novamente. Em uma tentativa de manter as imagens fora de sua mente, gostaria
de explicar a você porque não vou ler Cinquenta
Tons de Cinza e porque não assistirei ao filme.
1- Vamos começar com os fatos. Cinquenta
Tons de Cinza é classificado como ficção erótica.
De
acordo com um dicionário online, esse gênero de literatura é definido como
aquele que "não tem nenhum valor literário ou artístico senão estimular o
desejo sexual." Eu tenho estudado o que Deus fala sobre a sexualidade há
mais de quinze anos. De acordo com Ele, existe somente uma pessoa que deveria
estimular em mim o desejo sexual: meu marido. Já que esse é o plano de Deus
para o meu desejo sexual, permitir qualquer outro homem, que não o meu marido,
criar em mim um excitamento, seria errar o alvo da intenção de Deus.
(Traduzindo: é pecado).
Jesus
disse assim: "Vocês ouviram o que foi dito: 'não adulterarás'; mas eu vos
digo, que aquele que olhar para a mulher com lascívia, já cometeu adultério em
seu coração". E o mesmo é verdadeiro para a mulher que com esta intenção olha
para outro homem ou lê sobre aquele que não é o seu marido. Meu motivo número 1?
Acredito que literatura erótica seja pecado.
2- A Bíblia tem dito, por milhares de anos,
que a lascívia é nociva e prejudicial.
Adivinhe?
Os biopsicólogos, e outros que estudam o efeito da lascívia, pornografia e
erotismo no cérebro e no corpo, estão descobrindo que, de fato, a Bíblia está
correta. Com o passar do tempo, o corpo fica condicionado à auto-estimulação e
gratificação. Não é só uma preferência. É fisiológico. A lascívia abre um
caminho literal em seu tecido cerebral que é como o de um caminho esburacado –
um caminho em que você deve estar preparado para te prender.
No
começo, pode parecer que o erotismo aumente seu interesse por seu esposo (se
você for casada), mas com o passar do tempo, este caminho esburacado te lembrará
de como você é excelente na auto-estimulação e o quanto sua imaginação é
poderosa. Você se tornará menos interessada no sexo verdadeiro com o seu
marido. (Ambas as revistas 'SELF' e 'THE NEW YORKER' publicaram artigos sobre esse
fenômeno em anos recentes. Ambas sugeriram que, se você quiser ter uma boa vida
sexual, é melhor parar de ver pornografia!). Pornografia não é boa para o seu casamento ou seu futuro
casamento.
3- Tudo bem, nós somos mulheres; e, infelizmente,
alguns de nossos parceiros já viram pornografia.
Como
você se sentiu? Já passou por sua mente que você nunca poderá se comparar com a
perfeição criada pelas câmeras, luzes e Photoshop? Bom, ele também não deve ser
comparado àquela visão fabricada e plastificada de masculinidade. Devorar literatura erótica ao mesmo tempo
em que exigimos que os homens se abstenham da pornografia é um padrão duplo.
4- Você sabe o que é SDSM? Servidão,
Dominação, Sadismo e Masoquismo?
Se
você não sabe o que essas palavras significam, alegre-se. Se você sabe, deve
entender que a parte mais prejudicial de Cinquenta Tons de Cinza é que
Deus criou o sexo como companheirismo, para ser alimentado pelo amor e
auto-doação, sem dor e humilhação. Este
livro não apenas faz má utilização do sexo como também o redefine como algo
maligno, já que o personagem principal domina de uma maneira nociva. Como
uma mulher pode gostar disso, eu não consigo entender! Mas, eu tenho uma
teoria: A mim parece, nessa cultura castradora, existir um apetite tão grande por
homens fortes, que as mulheres se inclinarão à servidão, dominação,
sadismo e masoquismo só para experimentar. Faça um favor a você mesma: não entre
nessa.
Você
pode estar se perguntando se eu já li o livro. Eu não li. Não preciso. E não
preciso ver o filme. Existem muitas coisas neste mundo das quais eu não preciso
participar a fim de discernir se serão prejudiciais a mim. Deus tem me dado
mais do que cinquenta tons de verdade em sua Palavra, e mesmo que uma deles
esteja em conflito com a minha escolha de entretenimento, eu escolho não
participar dele. Para ser clara, eu não jogaria meu carro na frente de um
caminhão vindo em direção oposta tanto quanto eu não abrirei as páginas do livro
ou irei ao cinema assistir Cinquenta Tons de Cinza. Eu amo muito o meu
casamento, o meu Deus e a mim mesma.
5- Eu descobri uma conexão entre
satisfação em Cristo e satisfação sexual.
A
Universidade de Illinois em Chicago, em um de seus estudos sexuais mais
liberais até hoje, revelou que as mulheres mais satisfeitas sexualmente eram de
meia idade, casadas e religiosamente ativas. Especificamente, a mulher
evangélica reportou o maior nível de satisfação quando comparada à estudante de
faculdade que se pensava estar divertindo-se mais. Você sabe o que eu penso? Não
acredito que o foco seja a satisfação sexual. Acredito que essas mulheres, como
eu, colocam Cristo como o centro de nossa satisfação e o resto de nossas vidas
fica melhor. Cada parte fica melhor. Isto
também prova que o foco do sexo não são
corpos atraentes ou técnicas sensacionais, mas sim o amor, compromisso e
intimidade.
O
grande ataque de Satanás contra a sexualidade santa é limitá-la a algo que é só
físico; e este é o grande problema com a literatura erótica e com Cinquenta
Tons de Cinza. Deus planejou o sexo para ir além das limitações físicas e
para nos capacitar a conhecer profundamente um ao outro, e é por isso que
mulheres que têm profunda intimidade com Cristo são capazes de experimentar intimidade
em suas camas nupciais – ou experimentar contentamento genuíno mesmo quando
solteiras.
Nesse
Dia dos Namorados eu não estarei me entretendo com os Cinquenta Tons de Cinza e estarei uma vez mais me rededicando ao
amor generoso de Cristo. É a única coisa que verdadeiramente me satisfaz.
Qual
será a sua escolha?
Dannah
é autora de muitos livros na lista dos mais vendidos. Ela tem, há algum tempo,
estado à frente do movimento que encoraja adolescentes a buscarem um estilo de
vida de pureza e discrição.
Texto publicado originalmente pelo ministério Revive Our Hearts
© Revive Our Hearts. (www.reviveourhearts.com usado com permissão)
Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley