sexta-feira, 20 de março de 2015

Mentiras Em Que As Mulheres Acreditam Sobre Desejos Não Satisfeitos


Nancy Leigh DeMoss

A nossa sociedade tem acreditado na filosofia de que existe, ou deveria existir um remédio, de preferência rápido e fácil, para cada desejo não satisfeito.



Nós somos encorajadas a identificar nossos desejos e fazer o que for necessário para ter estas "necessidades" satisfeitas. Portanto... se estiver com fome, coma. Se você quer algo que não possa comprar, use o cartão de crédito. Se você precisa de romance, se vista ou aja de maneira que os homens te notem. Se você se sente só, divida seu coração com aquele homem casado do trabalho.



Da próxima vez em que você estiver em um supermercado, dê uma olhada nas revistas femininas expostas próximas ao caixa. As capas estão repletas de ofertas que prometem satisfazer a todos os seus desejos:



* 99 maneiras para melhorar a aparência, se sentir melhor e aproveitar mais a vida.

* Perca peso comendo.

* Fique linda mesmo que esteja um calor escaldante.

* 25 segredos para ficar mais jovem.

* A Vida Fácil: empregos divertidos, roupas legais, fantasias inusitadas e soluções espertas.



Na melhor das hipóteses, essa maneira de pensar tem deixado muitas mulheres ainda insatisfeitas, ainda tateando, ainda procurando por algo para preencher o seu vazio interior.



Na pior das hipóteses, essa ilusão tem causado uma mágoa enorme e um aprisionamento. E o coração fica com muita ansiedade, ressentimento e depressão. Essa ilusão tem levado inúmeras mulheres a trocarem a sua virgindade por um corpo quente e a promessa de companheirismo. Tem levado mulheres casadas a procurarem satisfação nos braços de homens em seus trabalhos que alegam se preocuparem com os seus sentimentos. Tem levado muitas jovens ao altar da igreja para trocar votos de fidelidade por todas as razões erradas; e tem levado uma grande porcentagem desses mesmos casais ao divórcio. Tudo em uma tentativa de satisfazer os seus desejos mais íntimos e profundos.



Uma mulher que chamaremos "Carmem" compartilhou onde essa ilusão a levou:



“Acreditando que não deveria viver com meus desejos sem satisfazê-los, eu fazia o que queria e quando queria. Roupas, viagens à Europa, fins de semana fora; eu colocava tudo em cartões de crédito ou conseguia financiamento de alguma maneia, até que acumulei aproximadamente de $7.000 a $10.000 dólares em dívidas com apenas 22 anos de idade. A outra coisa que eu desejava e sentia que precisava urgentemente era um homem. Em consequência, eu namorava homens em quem não estava interessada, ou homens que eu sabia só queriam dormir comigo. Para conseguir encontros, eu ocasionalmente tinha sexo só para me sentir aceita.”



Qual é a verdade que nos liberta da prisão dessa ilusão?



Primeiro, devemos reconhecer que haverá sempre desejos não satisfeitos enquanto não chegarmos ao Céu (Romanos8:23). De fato, se nós pudéssemos ter todos os nossos desejos satisfeitos aqui na Terra, ficaríamos facilmente satisfeitos em permanecermos aqui, e os nossos corações nunca desejariam um lugar melhor.



É importante entender que nossos desejos mais íntimos não são necessariamente pecaminosos em si mesmos. O que é errado é exigir que esses desejos sejam satisfeitos “aqui e agora”, ou insistir em satisfazê-los de forma ilegítima.



Até que Deus providencie um contexto legítimo para que nossos desejos sejam satisfeitos, nós devemos aprender a viver contentes com desejos não satisfeitos.



A segunda verdade é que os desejos mais profundos do nosso coração não podem ser satisfeitos por nenhuma pessoa criada, ou coisa. Essa é uma das verdades mais liberadoras que eu descobri em minha própria caminhada. Através dos anos, eu procurei por pessoas e circunstâncias para me fazerem feliz. E vez após vez, quando elas falharam comigo, eu me achava descontente e desapontada.



A verdade é que toda coisa criada certamente vai nos desapontar. As coisas podem queimar, quebrar, serem roubadas ou perdidas. As pessoas podem se mudar, se transformarem, falharem ou morrerem. Foi a perda de algumas pessoas muito queridas, alguns anos atrás, que me acordou para a verdade de que eu sempre viveria em um estado de desapontamento se eu continuasse a procurar em pessoas a satisfação da essência do meu ser.
 
© by Nancy Leigh DeMoss
Texto publicado no site www.reviveourhearts.com

Traduzido com permissão por Neyzimar Ferreira Lavalley